Como estimar a produtividade do milho

Por: Tiago Hauagge e José Carlos Madalóz 
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Dois homens conversando no meio de uma lavoura de milho.

Introdução

Artigo originalmente publicado em 18/02/2020

 

Com o passar do tempo e com o avanço das tecnologias, muitos produtores também mudaram sua maneira de pensar, agir e atuar. Atualmente, na maioria dos casos, eles estão ansiosos em saber qual será a produtividade da cultura que está no campo bem antes do momento da colheita.

Esta estimativa tem sido útil para se ter uma “ideia” de qual será o rendimento a nível de campo, sendo assim, esta informação é fundamental para que você possa se preparar melhor para a colheita da safra, para otimizar o trabalho das máquinas, verificar questões relacionadas ao armazenamento e, principalmente, para gerenciar a comercialização do grão.

Estas estimativas também podem ser úteis em ensaios de híbridos, onde é possível testar a variabilidade genética da produção, ou avaliar diferentes estratégias de manejo.

Existem diversos métodos, que apesar de serem diferentes e alguns terem mais exatidão do que outros, eles convergem para o mesmo ponto: os componentes de rendimento da lavoura. Além disso, todas as estimativas realizadas em uma lavoura ou talhão são baseadas nas amostras representativas dos locais da avaliação e na produção prevista para este local.

Portanto, é extremamente importante a escolha do local da avaliação, pois qualquer condição diferenciada do espaço, em que você irá retirar a amostra, pode levar seus cálculos a uma produtividade superior ou inferior à realidade.

Mesmo com tantas limitações, os métodos propostos a seguir servem como um “guia-base” quando se trata de fazer comparações.

Método 1: o mais simples e objetivo

No método 1 realize os seguintes passos:

1. Saber a população de plantas por área;
2. Coletar algumas espigas da área desejada;
3. Calcular o peso médio de grãos de cada uma delas;
4. Após ter o peso médio de grãos de cada espiga, basta multiplicar pelo número total de plantas encontradas no talhão.

Exemplo:

Quanto maior for o número de espigas coletadas e avaliadas, menor será a margem de erro para a produtividade real no momento da colheita.

Método 2: baseado na regra do cálculo Corn Yield Calculator

Esta regra foi publicada pela Universidade de Illinois nos Estados Unidos, e você pode realizar seguindo as estapas a seguir:

1. Conte o número de espigas em 4m²:

2. No mesmo local, selecione quatro espigas representativas, conte o número de fileiras de grãos e o número de grãos por fileira para cada espiga. Não conte os grãos da extremidade que sejam menores que a metade do tamanho normal.

3. Em seguida, estime a produção através de cada uma das espigas, da seguinte maneira:

4. Calcule a média de produção estimada das quatro espigas.

5. Repita as etapas de 1 a 4 em vários pontos do talhão e calcule a média dos resultados para estimar a produtividade final da área.

Método 3: indicado pela Emater

Neste método você pode estimar a produtividade com a seguinte expressão:

Nenhum cálculo será tão exato quanto...

Como mencionado, existem diferentes maneiras para estimar a produtividade na cultura do milho e, em todas elas, nos deparamos com inúmeras variações que podem nos induzir ao erro.

Para minimizar a diferença entre o resultado real de colheita e o cálculo de estimativa, devemos fazer um grande número de repetições da avaliação dentro da mesma área, ou seja, amostrar diversos pontos no talhão. Contudo, nenhum método será tão exato quanto a colheita da área inteira e a pesagem dos grãos colhidos.

Recomendações finais

Para que possamos atingir altos tetos produtivos é preciso seguir a risca as recomendações de adubação, manejo de ervas daninhas, doenças e insetos, época de semeadura, população adequada de híbrido, espaçamento, e investir em híbridos com uma excelente GENÉTICA.

A marca Pioneer® tem um amplo portfólio para oferecer aos seus clientes. Caso tenha dúvidas sobre os materiais disponíveis no mercado, entre em contato com o representante comercial da sua região ele poderá lhe auxiliar na identificação dos produtos com melhor posicionamento para sua lavoura. Caso não saiba quem é o representante da sua região, deixe um comentário no espaço abaixo, com o seu contato telefônico, que entraremos em contato com você.

Se você ficou com alguma dúvida sobre a realização de algum dos métodos, assista ao vídeo como estimar a produtividade na cultura do milho, no qual o Engenheiro Agrônomo José Carlos Madalóz vai esclarecer, de forma dinâmica, os 3 principais métodos para estimar a produtividade do milho.

Sobre os autores

Tiago Silveira Hauagge
Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atua na parte estratégica da empresa, transcrevendo os objetivos internos para a realidade do campo, tanto em milho quanto na cultura da soja. Faz parte do time de Marketing da Pioneer / Corteva Agriscience, participando dos projetos de precificação, avanço de produtos e estudos de renovação do portfólio.

José Carlos Cazarotto Madalóz
Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com mestrado em Produção Vegetal (UTFPR). Desenvolve trabalhos de manejo e acompanhamento de lavouras com objetivo de incremento de produtividade com melhor uso de recursos da propriedade e conhecimento dos materiais (milho e soja). Faz parte do time de Agronomia da Corteva Agriscience, participando dos projetos de avaliação, avanço e caracterização de novos híbridos de milho e cultivares de soja.