09/01/2024

Estria bacteriana no milho e os possíveis impactos econômicos

foto divulgação 
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Imagem de folha de milho com estria bacteriana

Os casos de estria bacteriana têm se multiplicado rapidamente nas lavouras da Região Sul do Brasil, devido às chuvas constantes e volumosas. E, como ainda há poucos estudos sobre o manejo focado neste patógeno, as medidas de controle de infestações e o plantio de híbridos tolerantes tornam-se as estratégias mais eficientes para conter esta doença. 

Imagem 1 - Sintomas de estria bacteriana em milho observados em Coxilha/RS. Foto: Bernardo Tisot.

A estria bacteriana do milho é causada pela bactéria Xanthomonas vasicola pv vasculorum, com danos iniciais nas folhas. Em situações de maior severidade da doença, pode ocorrer o comprometimento de até 60% da área foliar, exaustão do colmo, tombamento e apodrecimento dos grãos. O plantio de híbridos tolerantes, o monitoramento e manejo preventivo são essenciais para evitar o agravamento da infecção e a proliferação do patógeno. 

Os primeiros casos foram registrados em 2014, nos Estados Unidos. No Brasil, os primeiros sintomas característicos da estria bacteriana em milho foram observados em 2016, no Paraná. Nas safras seguintes, a doença se alastrou pelos outros estados do Sul, bem como pelas regiões Oeste, Centro-Oeste e Norte.  

Com a evolução dos estudos epidemiológicos foi possível constatar que a alta umidade favorece a disseminação, e como o fenômeno climático El Niño tem provocado chuvas constantes e volumosas no Sul, a doença voltou a exigir uma atenção especial dos produtores. Antes mesmo de iniciar o ciclo da safra verão, foi relatado o aumento dos casos de estria bacteriana do milho nos três estados da região Sul do Brasil.

Como ocorre a infecção?

A infecção ocorre através de portas naturais, estômatos, lesões ocasionadas por insetos, doenças foliares, granizo, ventos, ou ainda devido ao próprio atrito entre as folhas. A bactéria coloniza o tecido das plantas e em condições de alta umidade a disseminação é acelerada. A irrigação também pode favorecer a propagação da doença.

Imagem 2 – Atrito entre folhas provocando pequenas lesões que servem de porta de entrada à bactéria. Foto: José Madaloz.

Monitoramento e identificação

Os sintomas iniciais são pequenas pontuações (2-3 mm) nas folhas, circundadas por halo de coloração amarelada. Podendo evoluir para lesões estreitas e alongadas, de bordas onduladas, que variam em comprimento, apresentando desde tamanhos menores de dois centímetros e meio até vários centímetros.

As lesões podem ser de cor castanho, marrom ou laranja e ocorrer entre as nervuras da folha. Às vezes as lesões ocorrem perto da nervura central, e em outros casos, ocorrem através da lâmina da folha. Ao serem analisadas contra a luz, as lesões têm aspecto translúcido (anazarca). 

Imagem 3 – Lesões de estria bacteriana destacadas contra a luz. Foto: José Madaloz.

Em casos extremos, as lesões formam grandes áreas necróticas, secando toda a folha. Ao perder a capacidade fotossintética, a planta é impedida de completar o enchimento dos grãos, e tem o colmo enfraquecido, podendo resultar em quebramento. 

Manejo

Ainda há poucas pesquisas sobre estratégias de manejo focadas na estria bacteriana do milho. E são necessários mais estudos para qualificar a eficiência do manejo químico com bactericidas, fungicidas (multissítios) e fertilizantes foliares. 

Até que mais pesquisas sejam conduzidas para determinar as estratégias de manejo mais indicadas, os produtores de milho são aconselhados a usar práticas padrão para doenças bacterianas:

  • Limpeza e desinfecção de equipamentos para remover quaisquer detritos infectados antes do trânsito a outras lavouras;

  • Uso de rotação e destruição de restos culturais para reduzir a quantidade de detritos de milho infectados e a sobrevivência da bactéria;

  • Controle de plantas de milho voluntárias na entressafra;

  • Controle de plantas hospedeiras alternativas, como as plantas daninhas.

E o que mais pode ser feito?

Existem diferenças na reação dos híbridos de milho em relação à suscetibilidade à estria bacteriana. Desta maneira, a escolha de híbridos de milho com maior tolerância é uma medida importante. 

O híbrido P3016VYHR, adaptado para a Região Sul, é um dos materiais da Pioneer® que vem apresentando boa tolerância à estria bacteriana.

Imagem 4 - Comparação entre o P3016VYHR (à esquerda) e um de seus concorrentes (à direita).

Sua excelente qualidade de colmo e raízes promovem uma integridade maior das plantas na lavoura, mesmo em condições de estresse. Este híbrido de ciclo precoce apresenta elevado potencial produtivo para grão e silagem, alta resposta ao manejo e boa tolerância também ao Complexo de Enfezamentos e viroses comuns à cultura.

Enfrentando problemas com a estria bacteriana em sua lavoura? 

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