24/03/2015

A Contribuição da Biotecnologia para Altas Produtividades na Safrinha

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Dois homens conversando no meio de uma lavoura de milho.

Introdução

A evolução da safrinha pode ser notada a cada ano que passa. Com híbridos cada vez mais produtivos, os produtores tem investido na lavoura e adotado práticas de manejo mais adequadas, fazendo com que a produtividade aumente safra após safra. Estas mudanças motivam toda a cadeia (produtores, cooperativas, revendas, companhias de semente) a buscar mais produtividade aliada a segurança na safrinha. Após a introdução da biotecnologia na cultura do milho, houve um aumento expressivo em produtividade, como podemos observar no gráfico abaixo. São vários os fatores que podem ter influenciado para que este aumento fosse possível, mas o melhor é o controle das lagartas.

Considerada a principal praga da cultura do milho, a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) era o foco do controle das tecnologias Bt, enquanto as outras pragas eram esquecidas. As lagartas secundárias vinham causando danos indiretos e prejuízos aos produtores. As primeiras tecnologias Bt vinham fazendo um controle eficiente destas pragas (lagarta-rosca, broca-da-cana, lagarta-elasmo, lagarta-da-espiga). Com o passar do tempo a lagarta-do-cartucho desenvolveu certa resistência a alguns eventos Bt, porém as lagartas secundárias continuam sendo muito bem controladas por estas mesmas tecnologias. Vejamos quais são as principais características e possíveis danos causados por essas lagartas.

Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon)

Esta lagarta secciona o colmo da planta na altura do colo, causando o sintoma do “coração morto”. Além disso, pode ocorrer a emissão de perfilhos. Períodos de seca, dificultam o contato do inseticida, quando aplicados na semente ou em área total.

Broca-da-cana (Diatraea saccharalis)

Os prejuízos indiretos desta praga são os mais importantes economicamente, uma vez que as galerias construidas no colmo tornam as plantas mais suscetíveis ao tombamento, infertilidade dos pendões, redução da produtividade e favorecem a entrada de patógenos. Estes danos acarretam perdas entre 10 e 50% nos rendimentos.

Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)

Esta lagarta é de difícil manejo em solos arenosos e sob vegetação de cerrado. A atenção precisa ser redobrada nos primeiros 30 dias pós-emergência, que assim como a lagarta-rosca, também provoca sintomas do “coração morto” e causa significativas perdas no estande.

Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zeae)

A presença da Helicoverpa na lavoura pode acarretar em danos diretos e indiretos. São considerados como danos diretos, as perdas de produtividade que se dão pela destruição dos grãos; e indiretos, as aberturas deixadas pela lagarta, que podem se transformar em entrada para fungos que causam os grãos ardidos.

O controle desta praga com inseticidas é muito difícil de ser feito, devido a sua localização dentro da espiga. Desta forma, as tecnologias Bt associadas às boas práticas do Manejo Integrado de Pragas (MIP) oferecem um controle eficaz. A biotecnologia teve e ainda tem, aliada ao MIP, um papel muito importante para o alcance de altas produtividades na safrinha, protegendo a lavoura dos danos diretos e indiretos das principais pragas da cultura e fazendo com que a genética expresse o seu maior potencial produtivo.

Sapo com a boca aberta

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Sobre o autor

Paulo Machinski

Coordenador de Agronomia da Pioneer®

 

Referências