Todas as espécies de plantas cultivadas podem ser atacadas por fitonematoides, cuja presença nos solos passa, na maioria das vezes, despercebida pelos agricultores devido ao tamanho reduzido que eles possuem e por, geralmente, não apresentarem sintomas muito visíveis nas plantas.
O deslocamento de nematoides no solo é bastante limitado, portanto, sua disseminação é altamente dependente do homem, podendo ocorrer por meio de mudas contaminadas, deslocamento de máquinas de áreas contaminadas para áreas sadias, e por meio de irrigação e/ou água das chuvas.
Geralmente os sintomas da presença de nematoides ocorrem em reboleiras facilmente identificáveis no campo (imagens 1 e 2).
Imagem 1. Sintomas de Pratylenchus brachyurus em lavoura de soja
Imagem 2. Lavoura de soja com plantas atacadas por Pratylenchus brachyurus
As perdas devidas ao ataque de fitonematoides na agricultura mundial estão estimadas em, aproximadamente, US$100 bilhões/ano. No Brasil, a quantificação de perdas não é precisa, devido principalmente às interações com danos provocados por pragas e outras doenças.
O clima predominantemente tropical do nosso país propicia o encontro de condições de umidade com temperatura ideais para reprodução e alimentação dos nematoides. Estes fatores, associados a uma agricultura intensiva (cultivos sucessivos) e manejos inadequados, constituem pontos-chave para uma explosão populacional destes fitonematoides e, consequentemente, perdas significativas de produtividade.
Em agosto de 2015, o Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União a lista de pragas que apresentam os maiores riscos sanitário e fitossanitário para as principais culturas do país nas próximas safras. Estão entre elas:
Imagem 3. Sistema radicular atacado por Meloidogyne spp.