26/10/2018

Lagartas Polífagas que Atacam a Cultura da Soja

foto divulgação 
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Lagartas polífagas que atacam a cultura da soja

Introdução

Um dos grandes desafios do cultivo da soja que pode ser controlado de forma equilibrada, sem que hajam danos econômicos, é o manejo de pragas, principalmente as lepidopteras, que ganham destaque mesmo em anos com alta participação de cultivares Bt (https://cib.org.br/isaaa-2018/). 

As tecnologias Bt protegem as culturas de soja, milho e algodão de pragas lepidopteras e é uma ferramenta de manejo que, se não for conduzida de forma correta, não entregará a performance esperada, e ficará exposta à quebra de resistência para seus alvos. 

O manejo das principais lagartas que acometem a cultura da soja é bastante complexo, uma vez que, várias espécies são polífagas, ou seja, possuem ciclo vital em diferentes culturas, assim se estendendo para outros cultivos além da soja, como milho e algodão, que possuem uma participação significativa dentro do sistema de produção brasileiro e também possuem tecnologias Bt dentro do portfólio de híbridos e variedades disponíveis no mercado. 

Dentro do complexo de lepidopteras do sistema de produção brasileiro, podemos destacar as seguintes espécies: Elasmopalpus lignosellus (lagarta-elasmo), Spodoptera frugiperda (lagarta-militar), Helicoverpa armigera (lagarta helicoverpa) e Chrysodeixis includens (lagarta-falsa-medideira). 

Neste post abordaremos brevemente o comportamento atual destas pragas e algumas sugestões de manejo. Acompanhe! 

Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)

Foto: Josemar Foresti

As características climáticas da safra 17/18, implicaram em um atraso significativo para a cultura da soja devido a falta de chuva, porém, mesmo assim, alguns plantios foram acontecendo lentamente na esperança da regularização do clima. 

Esta situação foi muito favorável ao surgimento da lagarta-elasmo, e essa praga que é mais voraz em anos de clima seco, acabou estendendo sua aparição para várias texturas de solo, não ficando restrita aos arenosos. 

O impacto desta situação afetou diretamente o estande inicial de várias lavouras, levando, em alguns casos, até mesmo a necessidade de replantio, o que elevou o custo de produção e atraso no sistema, principalmente, na sucessão de soja com milho na safrinha. 

Controle da lagarta-elasmo 

Como não temos controle sobre o clima, a melhor forma de prevenção é optar por cultivares com tecnologias que conferem certa supressão a esta praga, aliadas a um bom Tratamento de Sementes Industrial (TSI), com o objetivo de obter a manutenção na fase incial da cultura e uma boa instalação da lavoura. 

Entre as opções de produto para TSI, a marca Pioneer® oferece DuPont™ Dermacor® , que entrega uma segurança significativa, tanto para as cultivares Bt como para as convencionais. 

Além do TSI e das tecnologias Bt, é importante combinar estas ferramentas com uma boa palhada sobre o solo (retenção de umidade), o que fortalecerá ainda mais a segurança das plântulas, até seu estabelecimento completo. 

Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda)

Foto: Josemar Foresti 

Com certeza a lagarta-militar está entre as principais pragas dentro do sistema de produção brasileiro, devido ao controle parcial que algumas proteínas existentes no mercado oferecem. 

Das três espécies de Spodoptera que aparecem com maior frequência (S. frugiperda, S. eridania e S. cosmioides), daremos destaque para S. frugiperda, que está sendo chamada, em algumas regiões, de “a nova lagarta-rosca”, devido ao seu atual hábito alimentar (observado em várias regiões, em lavouras de soja, milho e algodão) que impacta diretamente a fase inicial das culturas, podendo reduzir significativamente o estande de plantas.