25/08/2018

Operação soja limpa

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Lavoura de soja com horizonte ao fundo

Introdução

No cenário atual da agricultura Brasileira, o manejo de plantas daninhas é fundamental na busca pelo aumento do potencial produtivo de cada variedade. 

Com a introdução de cultivares de soja com ciclos mais curtos, saímos de um cenário de 120 para 100 - 85 dias e, por isso, é preciso estar atento às fases iniciais da cultura, com o objetivo de favorecer um melhor arranque e garantir que não haja interferência de plantas daninhas, e que assim seja possível ter um ambiente em que essas plantas não compitam com a soja por água, nutrientes, espaço e luz. 

Sabe-se que, em média, a convivência da cultura da soja com plantas daninhas desde o plantio até um período de 20 dias ocasiona perda de até 5 sacos por hectare (gráfico 1). 

Gráfico 1. Representa a perda em sacos/ha de soja em função dos dias em que a cultura convive na mesma área com planta daninha. Fonte: Universidade Estadual Maringá, 2004. 

Diante deste contexto, é necessário garantir que a cultura seja plantada no limpo e assim permaneça, sem a interferência de plantas daninhas, diferente do que se praticava há alguns anos. 

Entre as principais ferramentas para garantir que não haja interferência de plantas daninhas na cultura da soja está a realização de uma boa dessecação (controle de mato inicial) com herbicidas eficientes e específicos. 

Além disso, o uso de herbicidas pré-emergentes confere o controle do banco de sementes de plantas daninhas que estão no solo, garantindo que estas não germinem após a implantação da cultura da soja. 

Outros fatores importantes para o plantio de soja no limpo e o uso de herbicida pré-emergente, são: 

a dificuldade do manejo em pós-emergência das plantas daninhas dentro da cultura da soja; a alta capacidade de produção de sementes que apresentam as plantas daninhas; e o fator resistência que as plantas daninhas apresentam frente a determinados herbicidas.

Plantas daninhas resistentes: Buva e Capim-amargoso

Atualmente, no Brasil, existem 48 casos de plantas daninhas que apresentam resistência a diferentes modos de ação de herbicidas, abrangindo 22 espécies, o que dificulta ainda mais o manejo em pós emergencia da cultura (Weedscience, 2018)

Entre os casos de resistência, o mais comum é a resistência ao mecanismo de ação do herbicida glifosato (EPSPS). Este fato se deve ao uso repetitivo deste produto desde a sua introdução no mercado, juntamente com as variedades de soja RR, as quais toleram a aplicação de glifosato em pós-emergência. 

Neste cenário de soja RR e herbicida Glifosato, tivemos, em média, nos últimos 10 anos, um aumento significativo de espécies de plantas resistentes a este herbicida no Brasil e no mundo. Entre as espécies que mais chamam atenção para resistência ao Glifosato, temos a Buva (Conyza spp.) e o Capim-amargoso (Digitaria insularis) (figuras 1 e 2 ). 

Figura 1. Conyza spp. Buva 

Figura 2. Digitaria insularis. Capim-amargoso 

A estimativa da área agrícola infestada com Buva resistente ao herbicida glifosato é de quase 8 milhões de hectares. Já para Capim-amargoso a estimativa é de 8,2 milhões de hectares.

Junto a esse aumento de plantas resistentes nas lavouras brasileiras também há o aumento do custo para o controle, que no país chega a quase R$ 5 bilhões por ano. E se contarmos as perdas pela matocompetição, ocasionadas pelo mau controle, ou o controle no tempo errado, o custo pode chegar a R$ 9 bilhões por ano. (Adegas et al, 2017) 

Manejo de plantas daninhas

No cenário atual de resistência, e aumento da área infestada com Buva e Capim-amargoso, se torna cada vez mais necessário o uso de herbicidas pré-emergentes (residuais) no manejo de plantas daninhas. 

Entre os herbicidas pré-emergentes (residuais), a Corteva Agriscience™ possui em seu portfólio o produto Spider® 840 WG (Diclosulan) como o principal utilizado nas lavouras brasileiras. 

O residual de Spider® 840 WG pode variar entre 25 e 40 dias, em função das caracterísitcas do solo e condições climáticas, todavia, possui uma ação superior frente aos outros produtos (figura 3), e propriedades físico-químicas que se caracterizam pela absorção radicular da planta daninha, translocação via xilema e floema, maior espectro de controle de plantas daninhas e seletividade à cultura da soja. 

Essas características fazem do Spider® 840 WG a principal ferramenta a ser utilizada no mercado agrícola para manejo de plantas daninhas em pré-emergência. 

Figura 3. A) Área com utilização de herbicida pré-emergente concorrente de Spider® 840 WG. / B) Área com a utlização do herbicida pré-emergente Spider® 840 WG. 

Entre as plantas daninhas controladas por Spider® 840 WG destacam-se a Buva e o Capim-amargoso. Este herbicida apresenta em bula o controle para estas espécies quando utilizado em pré-emergente, ou seja, controla o banco de sementes destas duas espécies proporcionando aos produtores o não sugimento de novos fluxos dessas plantas daninhas no solo (figuras 4 e 5). 

Buva e Capim-amargoso podem prejudicar não somente a produtividade como também a própria colheita da soja, ocasionando embuchamento das máquinas. 

Figura 4. Área com Capim-amargoso onde não foi aplicado o herbicida Spider® 840 WG. / B) Área com Capim-amargoso onde foi aplicado o herbicida Spider® 840 WG / Fonte: Corteva Agriscience™. 

Figura 5. A) Área com Buva onde não foi aplicado o herbicida Spider® 840 WG. / B) Área com Buva onde foi aplicado o herbicida Spider® 840 WG. / Fonte: Corteva Agriscience™ 

Com o uso de Spider® 840 WG, o produtor consegue o manejo de plantas daninhas resistentes ao Glifosato, plantar sua lavoura no limpo, evitar a matocompetação inicial, e reduzir o número de aplicações em algumas situções em pós-emergência, ou seja, é possível ter uma lavoura mais limpa e, consequentemente, mais produtiva, realizando o manejo de resistência de plantas daninhas e reduzindo o banco de sementes no solo ao longo dos anos.

Quem já usou Spider® 840 WG?

Para demonstrar a efetividade de Spider® 840 WG, a Corteva Agriscience™, em uma viagem pelo país, mostra os resultados do herbicida contra Buva, Capim-amargoso e outras plantas daninhas resistentes e tolerantes ao glifosato, através de depoimentos e da visão de técnicos e produtores rurais que usam o produto. Confira! 

São Gabriel d’Oeste - MS

Unaí - MG

Campo Mourão - PR

Diamantino - MT

Assista outros depoimentos de quem usou Spider 840 WG clicando aqui (https://my.corteva.com/Spider). 

Quer conversar com um de nossos representantes sobre o controle de plantas daninhas em pré-emergência ou esclarecer suas dúvidas sobre o assunto? Deixe seu comentário para nossa equipe. 

Sobre o autor

Rodrigo Valeriano

Agrônomo de Campo da Corteva Agriscience™

Divisão Agrícola da Dow DuPont 

 

Referências

Storniolo, Fernando & Vargas, Leandro & Gazziero, D.L.P. & Karam, Décio & Silva, Alexandre & Agostinetto, Dirceu. (2017). Impacto econômico da resistência de plantas daninhas a herbicidas no Brasil. 10.13140/RG.2.2.34334.43840. EAP, I. International survey of herbicide resistanesso em: 14 jul. 2017 

HEAP, I. International survey of herbicide resistant weeds. Disponível em: www.weedscience.org . Acessado 21 de set. 2018