No cenário atual da agricultura Brasileira, o manejo de plantas daninhas é fundamental na busca pelo aumento do potencial produtivo de cada variedade.
Com a introdução de cultivares de soja com ciclos mais curtos, saímos de um cenário de 120 para 100 - 85 dias e, por isso, é preciso estar atento às fases iniciais da cultura, com o objetivo de favorecer um melhor arranque e garantir que não haja interferência de plantas daninhas, e que assim seja possível ter um ambiente em que essas plantas não compitam com a soja por água, nutrientes, espaço e luz.
Sabe-se que, em média, a convivência da cultura da soja com plantas daninhas desde o plantio até um período de 20 dias ocasiona perda de até 5 sacos por hectare (gráfico 1).
Gráfico 1. Representa a perda em sacos/ha de soja em função dos dias em que a cultura convive na mesma área com planta daninha. Fonte: Universidade Estadual Maringá, 2004.
Diante deste contexto, é necessário garantir que a cultura seja plantada no limpo e assim permaneça, sem a interferência de plantas daninhas, diferente do que se praticava há alguns anos.
Entre as principais ferramentas para garantir que não haja interferência de plantas daninhas na cultura da soja está a realização de uma boa dessecação (controle de mato inicial) com herbicidas eficientes e específicos.
Além disso, o uso de herbicidas pré-emergentes confere o controle do banco de sementes de plantas daninhas que estão no solo, garantindo que estas não germinem após a implantação da cultura da soja.
Outros fatores importantes para o plantio de soja no limpo e o uso de herbicida pré-emergente, são:
a dificuldade do manejo em pós-emergência das plantas daninhas dentro da cultura da soja; a alta capacidade de produção de sementes que apresentam as plantas daninhas; e o fator resistência que as plantas daninhas apresentam frente a determinados herbicidas.
Atualmente, no Brasil, existem 48 casos de plantas daninhas que apresentam resistência a diferentes modos de ação de herbicidas, abrangindo 22 espécies, o que dificulta ainda mais o manejo em pós emergencia da cultura (Weedscience, 2018)
Entre os casos de resistência, o mais comum é a resistência ao mecanismo de ação do herbicida glifosato (EPSPS). Este fato se deve ao uso repetitivo deste produto desde a sua introdução no mercado, juntamente com as variedades de soja RR, as quais toleram a aplicação de glifosato em pós-emergência.
Neste cenário de soja RR e herbicida Glifosato, tivemos, em média, nos últimos 10 anos, um aumento significativo de espécies de plantas resistentes a este herbicida no Brasil e no mundo. Entre as espécies que mais chamam atenção para resistência ao Glifosato, temos a Buva (Conyza spp.) e o Capim-amargoso (Digitaria insularis) (figuras 1 e 2 ).
Figura 1. Conyza spp. Buva
Figura 2. Digitaria insularis. Capim-amargoso
A estimativa da área agrícola infestada com Buva resistente ao herbicida glifosato é de quase 8 milhões de hectares. Já para Capim-amargoso a estimativa é de 8,2 milhões de hectares.
Junto a esse aumento de plantas resistentes nas lavouras brasileiras também há o aumento do custo para o controle, que no país chega a quase R$ 5 bilhões por ano. E se contarmos as perdas pela matocompetição, ocasionadas pelo mau controle, ou o controle no tempo errado, o custo pode chegar a R$ 9 bilhões por ano. (Adegas et al, 2017)
No cenário atual de resistência, e aumento da área infestada com Buva e Capim-amargoso, se torna cada vez mais necessário o uso de herbicidas pré-emergentes (residuais) no manejo de plantas daninhas.
Entre os herbicidas pré-emergentes (residuais), a Corteva Agriscience™ possui em seu portfólio o produto Spider® 840 WG (Diclosulan) como o principal utilizado nas lavouras brasileiras.
O residual de Spider® 840 WG pode variar entre 25 e 40 dias, em função das caracterísitcas do solo e condições climáticas, todavia, possui uma ação superior frente aos outros produtos (figura 3), e propriedades físico-químicas que se caracterizam pela absorção radicular da planta daninha, translocação via xilema e floema, maior espectro de controle de plantas daninhas e seletividade à cultura da soja.
Essas características fazem do Spider® 840 WG a principal ferramenta a ser utilizada no mercado agrícola para manejo de plantas daninhas em pré-emergência.