O estabelecimento da população de plantas desejada está associado à escolha da cultivar com sementes de qualidade garantida em termos fisiológicos, físicos e morfológicos; à excelência do processo de semeadura; à época de plantio e a região de cultivo. Todos estes aspectos de manejo e o genótipo sofrem uma forte interação do ambiente.
No Brasil há dois sistemas de cultivo predominantes: semeadura convencional e semeadura direta na palha. A dinâmica de cada sistema deve ser muito bem compreendida, para que se obtenha êxito na operação e, consequentemente, na qualidade de distribuição de sementes. É importante destacar que a operação de semeadura pode determinar o sucesso ou insucesso da lavoura durante seu ciclo. Para isto, é fundamental que seja feita a correta regulagem do conjunto semeadura/adubadora, respeitando aspectos como: velocidade de semeadura, escolha do disco dosador, profundidade e posição do adubo/semente. O produtor deve ter o dimensionamento operacional adequado para sua propriedade primando pela qualidade da operação.
Nenhuma prática isolada é mais importante para a soja do que a época de semeadura, que é a variável que produz maior impacto sobre a produção da cultura. A melhor época de semeadura para a soja vai depender, principalmente, da temperatura do solo para a germinação, da temperatura do ar durante todo o ciclo da planta, do fotoperíodo após a emergência e da umidade do solo na semeadura, na floração, na maturação e na colheita (Barni & Bergamaschi, 1981).
Ao relacionar a população ao arranjo de plantas em uma determinada região ambiental, ocorrem interações que podem influenciar no hábito de crescimento da cultura. Uma melhor população de plantas deve possibilitar altas produtividades, altura de plantas e inserção da primeira vagem adequadas à colheita mecanizada, bom diâmetro do caule e plantas mais resistentes ao acamamento. Estas características agronômicas são influenciadas tanto pela época de semeadura quanto pela densidade populacional, com capacidade de implicar nos componentes de rendimentos (número de vagens/planta; número de grãos/vagem e peso de grãos).
Já a escolha da cultivar, deve levar em consideração a adaptação à região de cultivo. Por este motivo, a Pioneer® realiza todos os anos inúmeros trabalhos técnicos nas diferentes Zonas Ambientais Homogêneas Brasileiras, em diferentes épocas e densidades de semeadura, com o objetivo de refinar o posicionamento e consequentemente verificar a melhor performance de suas cultivares, visando a obtenção de altos índices de produtividade para os seus produtos.
Conhecer as interações das propriedades físico-químicas-biológicas de cada talhão da propriedade é parte fundamental tanto na determinação da escolha da cultivar – pensando em exigência nutricional – assim como na população de plantas a ser estabelecida. Entretanto, quais parâmetros devem ser analisados?
Um erro muito comum é nos preocuparmos somente com valor de Saturação de Bases (%V), pois antes é preciso analisar os fatores que interferem no dimensionamento da capacidade do solo em reter e disponibilizar nutrientes: CTC a pH 7,0; matéria orgânica e argila.
Em geral, a soja tem preferência por solos com teores de argila que vão desde 15 a 35%, até teores maiores que isto. A parte física do solo deve ser livre de camadas de impedimento, apresentando boa estrutura, drenagem adequada (continuidade de macro, meso e microporos) e boa capacidade de retenção de água. Além disso, é importante procurar manter uma intensa atividade biológica para favorecer estes aspectos.
Atingir a população desejada para a cultura da soja no contexto apresentado vai muito além de manter um adequado estande inicial, é preciso mantê-lo até o momento da colheita. Em relação ao manejo inicial da cultura é importante destacar que a Pioneer® oferece para seus clientes sementes certificadas e de qualidade. Além disso, apresenta um eficaz Tratamento de Sementes Industrial (TSI) garantindo a dosagem adequada de ingrediente ativo/semente. No TSI a base do inseticida DuPont™ Dermacor® – que possui um modo de ação inovador para este segmento –, é proporcionada maior preservação e proteção do potencial genético das sementes.
Durante o ciclo da cultura é necessário associar um manejo de excelência, buscando eficácia no controle de plantas daninhas, insetos-pragas e doenças e, para isto, devemos adotar um bom pacote tecnológico que envolva tomadas de decisão no momento certo.
Trabalhando desta forma é possível atingir um estande final de plantas com uma variação muito próxima do ideal para alcançar os melhores resultados em termos de produtividade. Muitos estudos científicos demonstram que uma variação na ordem de 20% no estande, para mais ou para menos, não alteram significativamente o rendimento de grãos para a maioria dos casos, desde que as plantas sejam distribuídas uniformemente, sem muitas falhas.