11/08/2015

Controle de Pragas Iniciais na Cultura do Milho

foto divulgação 
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Percevejo-barriga-verde na lavoura

Introdução

Mais uma safra verão se aproxima e com ela todas as expectativas de excelentes produtividades. Entretanto, até o momento da colheita ainda há um longo caminho. As tomadas de decisão, a adoção de corretas ferramentas e práticas de manejo, assim com o momento ideal para a sua realização são alguns dos fatores que irão contribuir para definir a produtividade.

O caminho para altas produtividades começa com a correta implementação da lavoura, mas existem outros fatores determinantes. Alguns deles iniciam bem antes do plantio, como por exemplo:

a) Adequado manejo de dessecação da área: que deve ser realizado 30 dias antes do plantio;
b) Manejo de plantas daninhas resistentes: estas plantas competem com a cultura por recursos e servem de hospedeiras de pragas;
c) Adubação antecipada: com potássio, por exemplo;
d) Monitoramento de pragas: o monitoramento de pragas antes, durante e logo após o plantio é uma ferramenta chave para a tomada de decisão em relação as ações de manejo, de forma que, aplicações desnecessárias de inseticidas não sejam realizadas.

Dentre os componentes de rendimento do milho, a população final de plantas por área é o item de maior importância. Sendo assim, no período inicial de estabelecimento da cultura nossa maior preocupação deve ser em preservar o stand de plantas ideal para a lavoura. Uma das maiores causas de perda de plantas durante o estabelecimento é o ataque de pragas iniciais, podendo ser pragas subterrâneas (coros e larvas) ou aéreas (lagartas e percevejos).

Neste artigo discutiremos sobre pragas aéreas e, para isso, vamos classificá-las em dois grupos principais: o Complexo de Lagartas Iniciais e os Percevejos. Chamamos de Complexo de Lagartas, pois são várias as espécies que podem comprometer o stand de plantas de milho, com destaque para Lagarta do Cartucho (Spodoptera frugiperda), Lagarta do Trigo (Pseudaletia sequax), Lagarta Elasmo (Elasmopalpus lignosellus), Lagarta Rosca (Agrotis ípsilon) e Helicoverpa. Dentre os percevejos, o maior destaque vai para o Barriga Verde (Dichelops sp.), entretanto, algumas espécies secundárias também estão aparecendo com alta frequência.

Percevejos

O dano clássico do percevejo aparece quando a planta de milho se desenvolve e emite as folhas novas, normalmente entre V4 e V6, onde ficam aparentes uma sequência de furos de forma transversal ao comprimento da folha. Isso ocorre porque no momento da picada do percevejo para sucção da seiva (V2 a V4), as folhas ainda estão enroladas dentro da planta e somente apresentam o sintoma quando crescem e se expandem. Caso tenha ocorrido um ataque mais severo, os danos podem ser intensificados como a dificuldade de emissão das folhas novas e perfilhamento da planta.

Pássaro verde em cima da grama

Descrição gerada automaticamente com confiança média