O sistema de cultivo de milho consorciado com braquiária é bem difundido e trabalhado pelos produtores da região Centro-Oeste e Norte do Brasil. No entanto, este modelo ainda é pouco explorado na região Sul do país. Este cenário tende a mudar agora com a emissão das portarias 287 e 301 do MAPA, que propõem o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) com datas ampliadas de cobertura do seguro agrícola para o milho safrinha em consórcio com braquiária.
Como destaque, a exemplo para a região Sudoeste do Paraná, o cultivo de milho segunda safra se encerra em final de janeiro, mas pode ser estendida até final de fevereiro, desde que seja cultivado no modelo de milho consorciado com braquiária.
Essa mudança irá incentivar a adoção do sistema consorciado, que trás uma série de benefícios ao sistema produtivo, como, por exemplo, a melhoria de atributos de solo para controlar as plantas daninhas de difícil controle. Mas ao mesmo tempo, nos deparamos com uma carência de informações sobre este sistema, principalmente devido a baixa adoção na região.
Ao longo das últimas quatro safras (até a data de publicação original deste artigo, em 11/12/2020), foram conduzidos trabalhos pela UTFPR, campus Dois Vizinhos/PR, com apoio da Pioneer Sementes, com objetivo de estudar a viabilidade técnica e econômica do sistema soja verão e milho safrinha consorciado com braquiária. Identificando os principais benefícios, formas de implementação e pontos de atenção no manejo do consórcio.