O pulgão do milho (Rhopalosiphum maidis) tem ganhado destaque no cenário atual. Sua população tem aumentado nos últimos anos e preocupado os agricultores de norte a sul do país. Além dos danos diretos causados pela praga, há também a transmissão de viroses que podem trazer grandes prejuízos à cultura.
O pulgão do milho é um inseto que tem hábito de viver em colônias, em locais tropicais como o Brasil. Sua reprodução se dá por partenogênese telítoca (dão origem a outras fêmeas) sem a presença de machos. Por possuir fase alada, podemos encontrar insetos com ou sem presença de asas, as fêmeas que estão na fase alada se dispersam para outras plantas, com o intuito de iniciar novas colônias (fase migratória).
O pulgão adulto apresenta coloração que varia entre amarelo-esverdeado e azul-esverdeado, medindo a forma áptera cerca de 1,5 mm de comprimento. A forma alada é menor, e apresenta as asas transparentes. No início da infestação, enquanto o número de insetos é baixo na colônia, o inseto tende a ficar no cartucho da planta e, à medida que a população aumenta, podemos encontrar a praga em todas as partes da planta. É comum o pendão ficar todo infestado.
O hábito alimentar do inseto se dá através da sucção da seiva do floema, alimentando-se através da introdução de seu aparelho bucal nas folhas novas. A sucção contínua do pulgão o faz excretar abundantes substâncias adocicadas, chamadas de “honeydew” (melado). Com o tempo, o local escurece devido ao desenvolvimento da fumagina, impedindo a realização da fotossíntese, por fim, a folha amarelece, seca e cai. Durante a sua alimentação, o pulgão pode também transmitir doenças como a virose do mosaico comum, causada por “potyvirus”.
Vale destacar que a cultura do sorgo, assim como o milho, tem aumentado sua área de plantio no Brasil.
No sorgo é outra espécie que acomete a cultura, porém a problemática continua a mesma. Nesta cultura podemos encontrar diversas espécies de pulgão, porém a que se destaca é a Melanaphis sacchari, praga muito conhecida da cultura da cana-de-açúcar.
A biologia deste inseto é semelhante à do pulgão do milho descrito anteriormente. Apresenta forma alada e áptera, vivendo em colônias e se reproduzindo por partenogênese telítoca. O que muda é a coloração sendo um bege-amarelado. Os danos causados pela alimentação do inseto são os mesmos do milho, sendo a fumagina um dano indireto bem importante para a cultura.
Muitos agricultores consideram o pulgão, presente na cultura do sorgo, como sendo o principal problema a ser manejado em suas lavouras. Há uma grande redução de produtividade quando o manejo é ineficiente.
Pensando em trazer as melhores soluções aos agricultores, a Corteva Agriscience tem estudado novas ferramentas para o manejo do pulgão nas culturas de milho e sorgo. Para ambas é importante que tenhamos um produto com alta seletividade aos inimigos naturais, que traga benefícios no manejo do pulgão e alto poder residual.