A uréia é a fonte de nitrogênio (N) mais utilizada para o manejo da cultura do milho no Brasil pois apresenta elevada concentração de N (cerca de 45%) e menor custo em relação às outras fontes minerais. Porém, estimativas apontam que a eficiência deste uso geralmente não ultrapassa 50% do que é aplicado no solo.
Mineralização, imobilização, volatilização, desnitrificação e lixiviação são exemplos de processos naturais que ocorrem no solo e que interferem no manejo do nitrogênio na cultura do milho, diminuindo a eficiência do uso de N mineral. Já a utilização de microrganismos fixadores de N associados às plantas de milho não sofre esse tipo de interferência ambiental.
Bactérias favorecem a absorção de nitrogênio na cultura do milho
Uma inovadora forma de fixação biológica de nitrogênio (N) no milho é por meio da conversão do N presente no ar numa forma aproveitável pela planta, promovida pela bactéria Methylobacterium symbioticum. Ela atua entrando pelos estômatos das folhas e colonizando completamente a planta. A partir daí produz uma enzima chamada nitrogenase, que converte o N atmosférico (N2) em amônio (NH4+) de forma eficiente dentro do tecido foliar da planta (Figura 1).
Figura 1. Mecanismo de ação da bactéria Methylobacterium symbioticum em planta de milho. Fonte: Corteva Agriscience.
Estudos com Methylobacterium symbioticum em milho
Alguns trabalhos conduzidos na Europa já mostravam até 50% de incremento de rendimento de grãos quando a bactéria Methylobacterium symbioticum foi utilizada. E serviram de suporte para estudos realizados no Brasil.
Em uma pesquisa realizada na segunda safra (safrinha) de 2022, o milho semeado em condições de Cerrado brasileiro apresentou incrementos de produtividade entre de 6,8 a 8,4%, dependendo do local e do manejo nitrogenado adotado.
Em condições experimentais de campo, quando aplicado Utrisha N (Methylobacterium symbioticum) observou-se um incremento médio de 6,8% no rendimento de grãos se comparado com a testemunha sem aplicação. Enquanto em condições de fazenda houve 8,4% de incremento médio no rendimento de grãos quando comparado ao padrão adotado pelo produtor na sua lavoura.
Recomendações e conclusões
Além de gerar ganhos de produtividade, a utilização da Methylobacterium symbioticum como ferramenta para fornecer Nitrogênio para a cultura do milho, não deixa o agricultor exposto às perdas que ocorrem no solo quando utilizado o Nitrogênio em forma mineral.
Para conhecer os benefícios desse bioinsumo para a cultura do milho:
CLIQUE AQUI para fazer o download do Agroreport elaborado pelo time de Agronomia da Pioneer® e saiba mais.
Texto baseado no estudo técnico de Paulo Roberto da Silva, Pesquisa Agronômica, Corteva Agriscience.