Alguns agricultores adotam a estratégia de retirar parte da palha das áreas, contribuindo para reduzir a imobilização de N. Uma segunda estratégia é aumentar a dose de N no sulco de semeadura, chegando até 80 kg ha-1, com objetivo de atender a demanda inicial do milho.
Para atender essa dose de 80 kg ha-1 de nitrogênio é necessário utilizar fertilizantes formulados com altas concentrações deste elemento (exemplo: 28-24-00), formulados com ureia e MAP, enquanto o potássio é fornecido em alguns casos pela vinhaça ou por cloreto de potássio aplicado a lanço no pré-plantio.
Entretanto, devido à alta concentração de nitrogênio dessas formulações e ao plantio em períodos chuvosos (de outubro a dezembro), podem ocorrer problemas com higroscopicidade dos fertilizantes, resultando em obstrução das roscas dosadoras e tubos condutores de adubo.
A adubação nitrogenada nem sempre é realizada em condições ambientais favoráveis. Na maioria das vezes, o clima está seco e com altas temperaturas. Nesse caso, o nitrato de amônio se torna uma boa opção, por ser menos suscetível a perdas por volatilização, se comparado à ureia convencional.
Contudo, é crucial que não haja orvalho, pois o nitrato pode causar “queima” das folhas orvalhadas. Outra estratégia é antecipar as coberturas com N, realizadas até V4, atendendo à demanda da cultura na fase inicial e minimizando possíveis déficits causados pela imobilização.
Estudos recentes (2012 até 2020), demonstram que os híbridos modernos do mercado, apresentam um pico de absorção na fase vegetativa, mas existe ainda absorção significativa após o florescimento (média de até 2 kg ha-1/dia contra até 4 kg ha-1/dia na fase vegetativa). Diante disso, o agricultor pode traçar estratégias para fornecer N durante a fase de enchimento de grãos com complementos via foliar ou via sólido, aplicando com autopropelidos. Vale ressaltar que via sólido há necessidade de umidade adequada no solo para solubilização do N e absorção por fluxo de massa. No gráfico 4, é possível observar resposta somente no ambiente de Itapetininga–SP (irrigado) e pouca resposta em Taquarivaí–SP (sequeiro).