Os momentos de maior demanda de N e críticos na definição do potencial produtivo são em V5-V8 (definição número de fileiras) e em V10-V12 (definição de grãos por fileiras). Nestes estádios, o N deve estar prontamente disponível para utilização, a planta absorve o N em forma de nitrato ou amônio, porém a ureia é a fonte mais utilizada e o N está na forma amídica, sendo necessária a transformação via urease, demandando determinado tempo.
Trabalhos com híbridos mais modernos apontam que, aproximadamente, 67% de todo o N absorvido ocorre até o florescimento do milho (Figura 1). Já os 37% restantes de todo o N absorvido ocorre após o florescimento. Neste momento de enchimento de grãos, está sendo definido outro componente de produtividade que é o peso de grãos. Desta fração absorvida pós-florescimento, estima-se que 38% venha de remobilização dos órgãos de reserva da planta, como colmo e folhas, e 62% restantes sejam fornecidos pelo solo.
Os híbridos desenvolvidos nos últimos anos tendem a absorver nutrientes com maior eficiência e por mais tempo, mantendo a planta mais “verde” até a maturação e ampliando, inclusive, a janela de corte no caso de áreas destinadas para silagem.
Observe que, na tabela 02, temos a marcha de absorção de um híbrido mais recente no mercado, considerado moderno e de alto teto produtivo. Fica nítido que o pico de acúmulo de N nas folhas é atingido no florescimento (118,5 kg/ha), e vai decrescendo após esse período, momento em que estará ocorrendo a remobilização do N das folhas, sendo direcionado para o enchimento de grãos. Contrário a isso, o acúmulo de N nos grãos inicia logo após o florescimento e segue com acúmulos expressivos até a maturidade fisiológica.